quarta-feira, 5 de junho de 2013

4 notícias de 5 de maio

É greve!

Na manhã desta terça-feira, aconteceu uma reunião no SINTRACOM (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Campo Grande).

Os colegas -como já noticiamos - decidiram em assembleia geral paralisar as atividades a partir de hoje (dia 5), em protesto contra a intransigência da classe patronal, que não aceita a reivindicação salarial da categoria.

A luta é por melhores salários e condições de trabalho mais dignas.

'Somos solidários a luta dos trabalhadores da construção civil por isso estamos aqui em apoio à decisão soberana tomada em assembleia quanto à greve, disse um dirigente da FETEMS*. Entendemos que essa mobilização é um recurso fundamental para conseguir pressionar o empregador e assim realizar as mudanças que a categoria deseja', ressaltou.

O presidente do SINTRACOM/CG, José Abelha Neto, destaca decisão tomada pelos trabalhadores da construção civil. 'Após esgotarmos todas as tentativas de chegar a um acordo por intermédio da mesa de negociação a categoria tomou essa decisão em assembléia geral realizada na sexta-feira passada. Nossos companheiros operários foram unânimes em aprovar essa estratégia para conseguir os reajustes salariais necessários para se fazer justiça nas empresas', afirmou

Reinvidicações

Para os auxiliares de serviços gerais, os patrões oferecem um piso salarial de R$ 680,00 e a classe operária quer R$ 770,00; auxiliar de escritório, r$ 680,00 contra r$ 880,00; serventes e vigia, r$ 719,00 contra r$ 880,00; meio oficial, r$ 802,00 contra r$ 1.035,00; oficial, r$ 992,89 contra r$ 1.190,00; apontador, r$ 980,00 contra r$ 1.190,00; motorista, r$ 992,00 contra r$ 1.190,00; aloxarife, r$ 982,80 contra r$ 1.190,00; encarregado, r$ 1.015,56 contra r$ 1.352 e mestre, r$ 1.500,00 proposto contra r$ 1.860,00 reivindicado.

Adaptamos texto de Azael Júnior, da *FETEMS - Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul

Greve vitoriosa, em Sergipe

Após 14 dias em greve, os trabalhadores da construção civil de Sergipe encerraram o movimento de forma vitoriosa.

A categoria conseguiu um reajuste salarial de 9% e uma cesta básica de R$ 60. 'Os operários e o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil foram protagonistas de uma bela e vitoriosa luta por melhores condições de trabalho e de salário', comemorou Edival Góes, presidente da CTB Sergipe. Como o Plantão SINTRACOM noticiou, os dirigentes da central e do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE) apoiaram publicamente a greve.

Eles acompanharam o desfecho da negociação na Superintendência Regional do Trabalho. Durante a reunião, Edival Góes parabenizou a SRTE pela condução das negociações.

O presidente Sintracon, Raimundo Luis Reis, afirmou que os trabalhadores da construção civil saberão retribuir os apoios participando das lutas de outras categorias. Após a negociação, os dirigentes da CTB/SE e do Sindicato dos Bancários comemoraram a vitória com os trabalhadores no Parque Teófilo Dantas, no Centro de Aracaju.

Greve histórica

Edival Góis considerou histórica a greve dos operários da construção civil. 'Aqui em Sergipe, há mais de 20 anos não presenciamos um movimento como esse no setor da construção civil. Essa greve de 14 dias parou mais de 80% dos canteiros de obras em todo o estado. Esses dias ficarão na história do movimento classista', enfatizou.

José Souza, presidente do Sindicato dos Bancários destacou a união da categoria. 'Os bancários são solidários às categorias de luta. Os operários da construção civil demonstraram organização e determinação. Na luta de braço com os empresários da construção civil, eles precisavam e contaram com apoio das entidades classistas', disse.

A secretária de imprensa e comunicação do Sindicato dos Bancários, Ivânia Pereira, destacou a garra dos trabalhadores e o apoio das outras categorias. 'Movimento como esse nos orgulha. O sindicato soube enfrentar os patrões. Não descansou. Recebeu apoio de outras categorias e da sociedade. Apresentou propostas coerentes e saíram vitoriosos', afirmou Ivânia.

Fonte: adaptamos de CTB

Desrespeito em Mato Grosso

Mato Grosso: a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Mato Grosso (Fetie-MT) denunciou irregularidades na construção do Fórum da cidade de Arenápolis (a 258 quilômetros de Cuiabá) e protocolou, no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, um pedido de suspensão do contrato da obra.

A construção do fórum foi firmada por meio de contrato entre o próprio tribunal e a empresa VLE Construtora Ltda.

O contrato foi assinado pelo ex-presidente do judiciário, desembargador Rubens de Oliveira.

"O que queremos é que o Tribunal de Justiça intervenha no caso. É uma obra do órgão, portanto que ele a paralise, já que está previsto em contrato".

Segundo a federação, a empresa está descumprindo o contrato e desrespeitando a lei trabalhista, colocando em risco cerca de 30 colegas.

Normas do trabalho na construção são colocadas em consulta pública

O Ministério do Trabalho abriu para o mecaniosmo chamado consulta pública as normas regulamentadoras (NRs), referentes ao trabalho em plataformas de petróleo e na construção civil.

Os interessados têm até o dia 22 de julho para apresentar propostas. Os textos estão disponíveis no endereço: http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm.

As NRs são obrigatórias em todos os locais de trabalho e têm por objetivo estabelecer medidas que garantam trabalho seguro e sadio, prevenindo a ocorrência de doenças e acidentes, de maneira que o trabalhador volte saudável para sua casa após seu dia de trabalho. Busca-se, por meio da revisão das NRs, manter a legislação de Segurança e Saúde no Trabalho atualizada frente aos avanços tecnológicos e a dinâmica do mundo do trabalho.

Fonte: adaptamos de CONTRICOM